sexta-feira, 24 de março de 2017

HIV/AIDS - CONFISSÃO #10: DECIDI COMEÇAR O TRATAMENTO MESMO SEM PRECISAR

PARTE 25 - CHEGOU O DIA
No final de novembro liguei para o COAS perguntando se o resultado de meus exames finalmente estavam prontos, a resposta foi sim. Esses exames são importantes devido ao fato deles definirem meu tratamento.
Desde que soube minha sorologia eu já parti para muita leitura e sabia que devia me preocupar caso meu CD4 estivesse menor que 400. Assim como já sabia valores preocupantes para a Carga Viral. O medo era estar entrando em um estágio de AIDS* e não estar percebendo. Nesse momento eu não sabia se era um portador do HIV ou se estava apresentando o quadro de AIDS.
Dia 27 de novembro de 2013 fui até o Posto de Saúde, pela parte da tarde com minha mãe. Ela fez questão de ir junto. Nesse dia em particular eu estava muito nervoso, ansioso e com muito medo. Ela como uma boa mãe percebeu isso.
Cheguei no posto e pedi os resultados. Veio a resposta: CD4 736; Carga Viral 20.000 e alguma coisa. Consegue imaginar o alívio? Meu CD4 estava de início quase o dobro do mínimo e minha Carga Viral estava relativamente boa em comparação a muitos que tem 200.000, por exemplo. Na mesma hora já marquei consulta com meu infectologista para o dia seguinte.
Eu saí da sala, dei três passos, levei as mãos ao rosto e tive uma crise de choro no corredor do Posto de Saúde. Um choro de alívio... De saber que não estava tão ruim. Minha mãe disse: “eu sabia que isso ia acontecer, por isso vim contigo, agora tudo vai dar certo”. Talvez tenha sido o choro de felicidade e tensão mais verdadeiro da minha vida.
PARTE 26 - EU QUERO COMEÇAR
Bom, eu sabia que o tratamento era obrigatório para quem tem o CD4 menor de 400, essa era a norma naquele ano. Mas eu sabia também que eu tinha a escolha de iniciar o tratamento mesmo assim, mesmo sem “precisar”.
O que eu pensei naquela noite: se eu começar o tratamento agora, logo terei minha Carga Viral zerada e deixo de carregar o risco de transmitir para outras pessoas; se eu não começar, além de carregar esse medo, eu também carregaria o medo de por qualquer motivo ter meu CD4 despencando, assim desenvolvendo uma doença oportunista** e de repente, inclusive, ser internado.
Na maioria dos casos, uma hora ou outra o soropositivo vai acabar tendo que iniciar o tratamento. Então me pareceu óbvio.
No outro dia quando o infectologista foi me falar a possibilidade eu o interrompi e disse: “eu quero começar”. Ele me explicou que caso começasse eu nunca mais poderia parar o tratamento. Mesmo assim decidi seguir com minha decisão. Me parecia mais justo comigo, com minha família e com um futuro namorado. Também não queria deixar que o vírus interferisse em meu trabalho.... Esperar uma internação ou agravar o caso só iria dificultar as coisas.
Então, sem muito drama, fui encaminhado até a assistente social e lá ela me deu os medicamentos. Vou fazer uma confissão dentro desta confissão: acredito que em todo meu tempo até agora como soropositivo esta tenha sido uma das partes mais difíceis. Foi a única vez que fiquei com os olhos marejados na frente do pessoal do COAS. “Você está bem?”, ela me perguntou espantada, nunca tivera me visto assim. “Estou sim, só é difícil”..... Falei, com os olhos cheios de lágrimas e a voz tremula. Ela me disse: “vai dar tudo certo, estou torcendo por você, vai se sair bem, tenho certeza disso”.
Sabe o que acontece? Até então, eu sabia da minha sorologia, mas efetivamente ela não tinha mudado minha vida ainda. Pegar os medicamentos é realmente o momento que a ficha cai e você percebe sem sombras de dúvida que está com um problema.
Meu esquema é o combo 2 em 1 Lamivudina+Zidovudina e Efavirenz. O primeiro eu deveria tomar duas vezes ao dia e o segundo apenas antes de dormir. O que eu não imaginava era o que estava por vir.
Efavirenz e Lamivudina+Zidovudina: sem eles eu poderia nem estar mais aqui.
Continua...

* Diferenças entre HIV e AIDS - O HIV é o vírus que causa a AIDS e a AIDS, por sua vez, é quando o sistema imunológico perde a habilidade “defender” o corpo por que ele está ocupado reproduzindo (gerando) mais vírus HIV. E com o corpo sem defesa, ele fica mais propenso à doenças oportunistas. Nesse caso diz-se que a pessoa tem AIDS. Uma pessoa que tem HIV, com o tratamento (com antirretrovirais) e o acompanhamento adequado, pode nunca a chegar a desenvolver o quadro de AIDS. Via Viver com HIV.
** Doenças Oportunistas - As doenças oportunistas são doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico, que cuida da defesa do organismo. Como os principais alvos do HIV , vírus causador da AIDS , são essas células de defesa, é importante estar sempre de olho na saúde. Para manter uma vida saudável e evitar que o organismo baixe ainda mais suas defesas, é necessário cuidar da alimentação , fazer exercícios físicos e estar bem emocionalmente. Com esses cuidados diários, será mais difícil que seu corpo fique vulnerável a resfriados, gripes ou problemas gastrointestinais, que podem evoluir para doenças mais graves. Em pessoas com AIDS, o estágio mais avançado da doença, essas infecções muitas vezes são graves e podem ser fatais, pois o sistema imunológico do indivíduo pode estar danificado pelo HIV. Por isso, é bom prestar atenção às alterações do nosso corpo. Via Viver com HIV.

Um comentário:


  1. bom dia a todos, com felicidade no coração, quero compartilhar meu testemunho, fiquei doente de HERPES por 3 anos e os médicos disseram que não há cura, discuto o problema com minha amiga e ela disse que já teve a doença, mas um ótimo médico a curou com fitoterapia, e ela me mostrou o resultado do teste, imediatamente entrei em contato com o médico, e ele me enviou o remédio depois de tomar o medicamento por oito dias. Fui curado pelo médico. Um amigo meu também entrou em contato ele para o HIV agora ela também é a cura, agora eu acredito que há poder na fitoterapia, ele se perguntou que me fez vir hoje para compartilhar esse testemunho, eu tenho problemas com meu marido há 8 anos, eu disse a ele e ele lançou um feitiço e estamos de volta felizes
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